Comumente conhecida pela perda da memória, a doença de Alzheimer pode apresentar outros sintomas. Setembro é o Mês Mundial da Doença de Alzheimer, por isso trouxemos informações valiosas para ajudar pacientes e seus familiares a conviver melhor com ela.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ), estima-se que até 2050 haja 115,4 milhões de pessoas com a doença no mundo, tendo como base o aumento da população na terceira idade, faixa prevalente do Alzheimer. Mas outros fatores também podem contribuir com o surgimento da doença, que costuma apresentar progressão lenta:
- Como as mulheres vivem mais, acredita-se que este seja o motivo de o público feminino ser acometido com mais frequência.
- Existe a hipótese de pessoas com casos na família também desenvolverem a doença, mas somente 10% são geneticamente determinados.
- Poucos estímulos cerebrais também podem estar ligados ao aparecimento do Alzheimer.
- Colesterol alto, diabetes, alimentação pobre em nutrientes, obesidade, pressão alta, sedentarismo e tabagismo aumentam o risco de desenvolvimento da doença.
Como o Alzheimer acontece?
Todas as funções que o corpo humano realiza (aprender, falar, pensar, memorizar) só acontecem porque os nossos neurônios se comunicam entre si por meio de impulsos elétricos e substância químicas. No caso do Alzheimer, os neurônios deixam de se comunicar devido às alterações tóxicas que destroem essas células. De acordo com a Alzheimer Association, é por isso que pessoas com Alzheimer comumente apresentam sintomas que vão além da perda de memória, tais como:
• Afastamento de amigos e familiares;
• Alterações visuais, como problemas para entender imagens;
• Confusão sobre locais, pessoas e eventos;
• Dificuldades para a resolução de problemas;
• Mudanças no humor ou personalidade;
• Perda de memória recente;
• Problemas com a comunicação (tanto falada quanto escrita);
• Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis.
Existe exame para a detecção de Alzheimer?
O diagnóstico da Doença de Alzheimer é essencialmente clínico, ou seja, o neurologista utiliza uma série de ferramentas para eliminar outras patologias e se certificar do diagnóstico:
• Análise e observação do histórico familiar;
• Exame de sangue (para descartar quaisquer outras possíveis causas dos sintomas);
• Exame neurológico;
• Imagiologia cerebral;
• Testes cognitivos para avaliar a memória e o pensamento.
Tratamento para o Alzheimer
Apesar de ainda não existir cura para a doença de Alzheimer, atualmente existem tratamentos para controlar os sintomas iniciais e proporcionar qualidade de vida ao paciente. Alguns medicamentos atuam no aumento de neurotransmissores no cérebro, por isso são capazes de ajudar no início.
Doença de Alzheimer: Como tudo começou?
Em 1906, o psiquiatra alemão Alois Alzheimer publicou o relato de caso de uma paciente saudável com 51 anos que passou a apresentar perda progressiva de memória, alterações de comportamento, desorientação e dificuldade para se comunicar. Após a morte da paciente, o médico realizou uma autópsia e descobriu lesões cerebrais características.
A doença de Alzheimer traz complicações ao paciente e sua família, por isso buscar ajuda médica e grupos de apoio são necessários para a boa condução de vida de todos.
Este conteúdo não substitui a orientação do especialista. Para esclarecer quaisquer dúvidas e realizar diagnósticos, consulte o seu médico.
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