Tremores, lentidão para se movimentar, rigidez muscular e alteração da postura (postura fletida para frente) e do equilíbrio postural são alguns dos sintomas da Doença de Parkinson. A data de 11 de abril é a oportunidade perfeita para falarmos sobre as opções existentes para controlar os sintomas da doença: Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Ainda sem cura, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que doença acometa em torno de 1% da população mundial, sendo 320 mil brasileiros.
O neurocirurgião Arthur Cukiert explica que “a Doença de Parkinson é um problema degenerativo do sistema nervoso, ou seja, algumas porções do cérebro acabam funcionando progressivamente de forma inadequada. Ainda não sabemos exatamente qual é a causa, mas a perda de dopamina pode influenciar em seu desenvolvimento”.
Doença de Parkinson: Qual é a causa?
Na Doença de Parkinson ocorre a perda de células dopaminérgicas, principalmente em uma região chamada de substância nigra. A dopamina é uma substância que está envolvida em funções motoras e comportamentais. Além das interferências motoras, a doença também pode apresentar outros sintomas, como alterações do sono, do olfato (redução ou perda), do humor (depressão) e do hábito intestinal (constipação intestinal).
Como tratar a Doença de Parkinson?
O profissional responsável por guiar o tratamento da doença é o neurologista e, em alguns casos, o neurocirurgião também pode atuar em conjunto. “O controle dos sintomas da Doença de Parkinson é bastante eficaz. A maioria das pessoas acometidas consegue ter qualidade de vida por meio do uso de medicamentos. Entretanto, há casos em que precisamos de outra abordagem, como a cirurgia”, explica o neurocirurgião. “O procedimento cirúrgico indicado se chama Estimulação Cerebral Profunda (DBS – da sigla em inglês deep brain stimulation for epilepsy), que consiste na introdução de um eletrodo no cérebro conectado a um dispositivo estimulador inserido abaixo da clavícula”, acrescenta o especialista.
Posicionado em regiões do cérebro devidamente mapeadas, o eletrodo age modulando os impulsos elétricos disfuncionais, evitando que as crises sejam desencadeadas.
O DBS é um procedimento que não modifica as estruturas cerebrais (ou seja, não ablativo), sendo totalmente reversível (quando necessário) apenas com a retirada dos equipamentos.
No vídeo abaixo, Dr. Arthur se aprofunda um pouco mais no tema:
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Este conteúdo não substitui a orientação do especialista. Para esclarecer quaisquer dúvidas e realizar diagnósticos, consulte o seu médico.
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