A cirurgia de epilepsia para crianças é uma opção terapêutica comum? Ver uma criança tendo uma convulsão é assustador. Mais ainda quando os episódios se repetem, mesmo com o uso de medicamentos. Nesses casos, os pais se perguntam: “Existe outra forma de tratar a epilepsia do meu filho além dos remédios?”
A resposta é sim — e a cirurgia pode ser uma alternativa eficaz e segura para determinados casos.
Na Clínica Cukiert, acompanhamos centenas de crianças com epilepsia resistente a medicamentos. Com uma equipe altamente especializada e centro cirúrgico próprio, já ajudamos muitas famílias a retomarem a esperança por uma vida sem crises.
Quando a cirurgia de epilepsia para crianças pode ser indicada?
Assim como nos adultos, a cirurgia da epilepsia não é indicada para todos os casos. Ela é recomendada para crianças que:
- Já usaram dois ou mais medicamentos anticonvulsivantes sem sucesso;
- Têm crises frequentes e incapacitantes que afetam o aprendizado, o comportamento ou a interação social;
- Apresentam epilepsia focal, ou seja, as crises sempre começam na mesma região do cérebro;
- Têm alterações visíveis na ressonância magnética que coincidem com o foco das crises;
- Enfrentam crises atônicas (quedas súbitas) ou tônicas, que podem provocar quedas e lesões.
Mas cirurgia de epilepsia para criança? Isso é seguro?
Essa é uma dúvida muito comum entre pais e responsáveis. E compreensível. Afinal, estamos falando do cérebro em desenvolvimento de uma criança.
Mas aqui vai uma informação importante: o cérebro infantil tem uma capacidade incrível de adaptação. Por isso, quando a cirurgia é bem planejada e realizada em centros especializados, as crianças se recuperam rápido e, muitas vezes, com melhor desempenho do que os adultos.
Quais são os tipos de cirurgia para epilepsia infantil?
Ressecção focal
Esse é o tipo de cirurgia mais comum. Ela consiste em remover a parte do cérebro onde as crises se iniciam, chamada de foco epiléptico.
👉 Essa opção é indicada quando sabemos com precisão onde as crises começam e quando essa área pode ser removida sem comprometer funções essenciais como fala, memória e movimentos.
Cirurgias de desconexão
Em alguns casos, as crises se espalham rapidamente de um lado do cérebro para o outro. Nesses casos, a melhor estratégia pode ser “desconectar” essas áreas, impedindo que a atividade epiléptica se espalhe.
As técnicas incluem:
- Hemisferotomia funcional ou hemisferectomia: desconectam um hemisfério cerebral (geralmente em casos de lesão extensa de um lado do cérebro).
- Calosotomia do corpo caloso: corta parcialmente ou totalmente as fibras que ligam os dois hemisférios, usada especialmente em crianças com crises de queda (atônicas).
Estimulador do nervo vago (VNS)
É uma cirurgia menos invasiva, indicada principalmente quando a ressecção ou desconexão não são possíveis. Implanta-se um dispositivo semelhante a um marca-passo, que estimula o nervo vago com pulsos elétricos, ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das crises.
Pode ser feito a partir dos 4 anos de idade.
Cirurgia de epilepsia para criança é última opção?
Não! Esse é um dos maiores mitos sobre o tratamento da epilepsia. A cirurgia não deve ser encarada como “último recurso”.
Quanto antes a criança for avaliada por uma equipe especializada, maiores são as chances de um resultado positivo com menor impacto no desenvolvimento cerebral.
Além disso, convulsões não controladas podem prejudicar o desempenho escolar, a memória, o comportamento e até a socialização da criança. Em casos mais graves, também existe o risco de lesões, internações frequentes e até da temida SUDEP (morte súbita na epilepsia).
Como é a avaliação na Clínica Cukiert?
Na Clínica Cukiert, realizamos uma avaliação completa e multidisciplinar para casos de epilepsia infantil:
✅ Consulta com neurologistas especialistas em epilepsia;
✅ Exames de imagem de alta resolução (ressonância magnética funcional, PET, SPECT);
✅ EEG prolongado com vídeo;
✅ Avaliação neuropsicológica;
✅ Reuniões clínicas com neurocirurgiões e neurologistas para tomada de decisão conjunta;
✅ Orientação pré e pós-cirúrgica para a família.
A cirurgia só é indicada quando todos os critérios de segurança e benefício forem preenchidos.
O que esperar depois da cirurgia?
- Redução significativa ou total das crises;
- Maior independência da criança;
- Possibilidade de reduzir ou até suspender o uso de medicamentos;
- Melhora na qualidade de vida da criança e da família;
- Retorno à escola e às atividades com mais segurança.
Conclusão: esperança para uma vida sem crises
A cirurgia da epilepsia pode transformar a vida de uma criança. Quando bem indicada e realizada por uma equipe experiente, é segura, eficaz e pode permitir o desenvolvimento saudável e pleno.
Se o seu filho ou filha convive com crises frequentes, mesmo após tentar dois medicamentos, é hora de buscar uma avaliação especializada.
📍 A Clínica Cukiert é referência em epilepsia infantil, com equipe multiprofissional, tecnologia avançada e um histórico sólido de cirurgias bem-sucedidas.
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